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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Os pensamentos de Alice






Era uma vez  uma menina chamada Alice.
Uma menina alegre que gostava das coisas simples da vida.
Alice adorava coisas coloridas, vivia imaginando e criando. Ria e admirava tudo ao seu redor.

Entretanto, a vida lhe fora um pouco cruel,
durante muito tempo  passara por decepções, uma seguida de outra, e assim, Alice foi mudando um pouco.
De  extrovertida, passou a ser mais introvertida, tornou-se mais observadora. Porém, continuou com seu jeito de admirar o belo, e as coisas simples da vida. Sempre ria a cada oportunidade que lhe aparecia.

Desde pequena, Alice sempre gostou de pensar.
Sua mãe vivia lhe dizendo: Menina! Pare de pensar e vá dormir já!
As palavras de sua mãe entravam por um ouvido e saia por outro. Era tarde demais para tentar lhe dizer algo...Alice já estava no mundo da lua.

Além de gostar de pensar, ela também adorava viver de modo intenso, gostava de se conectar com seu mundo mais profundo. Suas emoções.  Sim, pois era uma menina muito sensível. Apesar disso, Alice não admitia para ninguém, fazia o tipo durona, mas por dentro...era uma manteiga derretida!

Ela vivia dividida entre o mundo da razão e da emoção. Por vezes, tentava entender de toda forma o que sentia, ora entendia, ora não entendia.  Nem sempre era bem sucedida...às vezes, não queria entender nada, simplesmente sentia.

Tinha horas que era engraçado, entrava  numa crise, saía,  e entrava em outra....
Seu humor era um pouco instável.  Seu maior pecado? Pensar demais!
Tinha crise de identidade, crise existencial..
em alguns momentos se sentia o máximo, em outros se sentia um lixo.
Assim como todos os seres humanos, Alice tinha seus altos e baixos.

Algumas vezes, ela queria dormir, mas seu cérebro lhe dizia - Querida, temos pendências para resolver.
Alice nunca entendia. Que pendências?! Não sabia do que seu cérebro estava falando, pois vinha ignorando-o há um certo tempo. Sim ela fazia isso, ignorava seu cérebro, mas não conseguia fazer a mesma coisa com o coração, não conseguia bloquear suas emoções, deixar de sentir...

Tudo que sabia descrever é que sentia um incômodo. Sentia a sensação de que precisava resolver, consertar, mudar seu jeito.

Então seu coração começara a falar também - Querida, o que você quer resolver?
O que não tem solução... solucionado está. Tem certas coisas que só o tempo resolve.
Há momentos na vida que não podemos fazer nada a não ser esperar, infelizmente.

Alice queria mudar e não sabia como. Talvez poderia existir uma maneira, ou não...vai saber!
Precisava encontrar.

O mundo havia se tornado sem graça. Os dias iam passando. Ela queria viver, aproveitar, divertir-se, porém não sabia como. Não sabia como dar o primeiro passo.
Tudo que queria era encontrar sua essência, se sentir viva.

As pessoas ao seu redor haviam se tornado chatas, ela não tinha mais paciência, sempre esbarrava com pessoas folgadas, inconvenientes. Queria distância desses..
Queria distância de pessoas de mal com a vida, distância de pessoas fanáticas (de todos os tipos)

Alice queria encontrar uma forma de se encaixar no mundo, mas sentia que era uma peça muito diferente, daquelas que não tem encaixe..
Uma peça original, única...só precisava encontrar sua essência
ser feliz do jeito que a vida lhe permitisse...












domingo, 6 de abril de 2014

Pais

Hoje não é o dia dos pais, mas hoje senti vontade de escrever sobre isso.
Feliz o filho cujo pai é um herói, um professor, um amigo na vida.

Meu pai não é nenhum desses, infelizmente.
Mas com ele eu também aprendi muitas coisas. Aprendi o que é a dor, a crueldade, injustiça,  pois eu senti na pele.

Uma vez assisti uma palestra na faculdade, e a palestrante dizia que o dever do pai era carregar o filho nos ombros e mostrar como é a vida, como vencer os desafios
até que o filho fosse capaz de vencê-los e caminhar com suas próprias pernas.

A minha caminhada foi bem diferente.
 Na minha caminhada eu conheci o maior traidor,  o traidor da minha história. Aquele que tentou me derrubar mesmo quando eu ainda não tinha forças para me levantar. Um ser da pior espécie, do tipo que tem um coração frio, é covarde...se finge de bom amigo, mas sempre te dá um rasteira.  E o pior....veio travestido como meu pai.

Mas tudo bem,não importa
Nós não podemos escolher o pais que vamos ter.  Você pode ter um bom pai, ou um mau pai.
Todos servirão como exemplo. Mesmo que o seu pai seja um exemplo a não ser seguido.

E se por acaso você tem um pai como o meu ...
você deve ter em mente o seguinte :  As pessoas só podem oferecer aquilo que elas têm..