A Dualidade Geminiana

Geminiano...

Sempre na luta entre a razão e emoção,  não temos como fugir disso, faz parte de nós.
Fazemos arte com palavras, expressamos o que sentimos, mas não gostamos de sentir. Ficamos bastante desconfortáveis, pois é algo que foge do nosso domínio.
Enfim, não gostamos, sentir é fugir da razão. Não há o que  explicar, apenas sentir.
Gostamos de sentir apenas quando não é algo que nos prejudica, quando não nos tornamos refém do sentimento.

Quando sentir mexe com a gente, e se torna algo penoso, a gente se perde total. Tentamos de toda forma dominar o que sentimos escrevendo textos, loucamente, com o objetivo de tirar aquele incômodo de dentro de nós. Tentamos entender o que se passa, explicando o inexplicável.  Tentamos dar nome ao que não possui nome...

É nessas horas que o geminiano some...
Essa é a hora de se recolher, procurar outros assuntos, novidades. É hora de distrair-se!
É nessas horas que desejamos não sentir nada, desejamos ficar anestesiados, virar um iceberg.
E olha.... às vezes conseguimos...ainda não sei bem como, mas conseguimos. Ficamos anestesiados, indiferentes.
Mas não se enganem, não somos frios, temos essa dualidade em nós (razão x emoção), mas sentir  provoca uma inquietação horrorosa na gente, sentir nos deixa abalados.
Não queremos ser refém do sentir. Tudo o que queremos é ser livres sentindo...

Uma coisa é certa, mesmo com o turbilhão de coisas em nossas mentes, mesmo abalados com tudo, e com a incerteza provocada dentro da gente, nós não transparecemos, não contamos a ninguém...
ficamos quietos, disfarçamos, fazemos piada com tudo, mas por dentro, só Deus sabe...

Tentamos organizar a multidão de pensamentos que  passam em nossas cabeças, geralmente um diálogo de situações, de inúmeros desfechos possíveis..
Procuramos por diversas soluções, às vezes conseguimos, somos bons, somos criativos, temos nossas virtudes...

Às vezes escrevemos em círulos, falamos/escrevemos em círculos, em códigos, coisas que ninguém irá entender, talvez só um outro geminiano...
Somos difíceis, mas somos encantadores.